terça-feira, 9 de novembro de 2010

Colorindo seus Dragões

Estava lendo sobre dragões no meu livro dos monstros (tanto de 3.5 quando 4e), e tive uma idéia de reverter um paradigma; os dragões são categorizados por cores e habitat característico... Porque não poderia ser o oposto?

“Como assim, Lumine?”, pergunta o leitor confuso com a afirmação. É até simples. Todos os dragões são, em teoria, a mesma subespécie de criatura (pra tanto que possuem o próprio tipo de criatura, mesmo que eu não concorde)... Então imaginei uma variante que vale pra quase qualquer tipo de cenário onde existem dragões multicoloridos / cromados e etc.

Ao nascer, um dragão (verdadeiro) é uma criatura com as escamas branco-acizentadas, sem nenhum de categorização por cor ou metal específica além de "é metálico" ou "é cromático"; sua capacidade de sopro é uma linha de pura energia mágica sem (sem tipo ou distinção).

De acordo com essa variante, nosso pequeno lagarto alado adquire as características da sua subespécie com a idade, ambiente, alimentação e sua própria disposição. Dragões cromáticos brancos (associados com frio / gelo) que decidam se mudar para uma região pantanosa terão filhotes dragões negros (associados com ácido / pântanos). Isso também torna um encontro com uma família de dragões migratórios algo surpreendente, com diferentes tipos de energias e habilidades distintas contra um grupo que se prepara contra um único tipo.

Essa variante é limitada pelo eixo cromático / metálico, ditado pela tendência da criatura, mas com um pouco mais de vontade, pode ser facilmente driblado: digamos que a distinção metálica / cromática também pode ser intencionalmente manipulada pela própria criatura ao consumir apenas um tipo específico de dieta, surpreendendo seus jogadores.

E acima de tudo, temos uma terceira variante, que é mistura os poderes de diversos dragões num pacote misto, envolvem os tipos normais. Ao nascer, um dragão terá o mesmo tipo de cor que seus pais dracônicos, mas mudará de acordo com o ambiente. Como funciona?

Por exemplo, digamos que um dragão vermelho cresça numa região ártica; ele pode perder sua fraqueza contra frio e conseguiria andar sobre superfícies gélidas como um dragão branco mas em troca perderia sua imunidade contra fogo. Ainda manteria porém seu sopro de chamas. É claro, que esse exemplo é um extremo que inverte vulnerabilidades e fraquezas em troca da surpresa.

O mais indicado por mim é que seja feito de forma menos radical: se muito usado, os jogadores já vão esperar por inversões e parar de confiar apenas no que já conhecem. O ideal é sempre, surpreender seus jogadores de forma positiva.

Mas use sempre os tradicionais também, só pra confundir. É uma boa. ;D

Edit! O Pichu lembrou uma boa, sobre esse assunto:

http://www.kongregate.com/games/GregoryWeir/how-to-raise-a-dragon

Bom jogo! ;)

5 comentários:

  1. Ou os dragões podiam ter cor NENHUMA. Não, não seriam transparentes, mas podiam não ter uma cor associada a um determinado tipo de sopro, ou muitas vezes sopro nenhum. Eu gosto da ideia da adaptabilidade, do dragão migrar e poder mudar sua fraqueza ou sopro.

    Mas por que não a cor? Eu sei que tudo se perde no "dragões são criaturas fantásticas", mas vários animais têm a capacidade de mudar de cor, seja por mimetismo ou para atrair fêmeas, essas coisas. Por que não dragões?

    Eu imaginei que você proporia uma classificação simplesmente ambiente: dragão do deserto, dragão glacial, dragão das montanhas, dragão das planícies, coisas do tipo. Assim os dragões seriam mais "animais", no sentido estrito da palavra.

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  2. Já é uma variante extrema, Maddy. Não esqueça que ao mudar uma simples característica da ficha, você já está indo contra o paradigma esperado.

    Apesar de tudo, uma classificação ambiental é o que acaba acontecendo nesse caso, mesmo que implícito.

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  3. Aliás, deixa eu fazer uma citação oportuna aqui do Jorge Luis Borges, no "livro dos seres imaginários":

    "O tempo desgastou extraordinariamente o prestígio dos dragões. Acreditamos no leão como realidade e como símbolo; acreditamos no minotauro como símbolo, ainda que não como realidade; o dragão talvez seja o mais conhecido mas também o menos afortunado dos animais fantásticos. Parece-nos pueril e costuma contaminar de puerilidade as histórias em que figura. Convém não esquecer, todavia, que se trata de um preconceito moderno, possivelmente provocado pelo excesso de dragões que há nos contos de fada. Entretanto, na 'Revelação' de São João se fala duas vezes do dragão, 'a velha serpente que é Diabo e é Satanás'. Analogamente, escreve Santo Agostinho que o Diabo é 'leão e dragão; leão pelo ímpeto, dragão pela insídia'. Jung observa que no dragão estão a serpente e o pássaro, os elementos da terra e do ar." (p. 68)

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  4. Isso quebra um pouco o design "pacote fechado", e, dependendo do sistema, pode requerer um trabalho e um domínio do sistema de regras, mas hey, com boa vontade, pode ser feito ;)

    Mas enfim, eu sou da opinião "quanto mais variantes, melhor". Lembro de quando joguei Heroes of Might and Magic II. Ter três tipos de dragões ao invés de um único, que nem no predecessor, foi, tipo... AWESOME.

    Mas isso é mais questão de gosto :)

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  5. oh!
    HoM&M3, vários dragões, alguns de cidades diferentes... bafos diferentes...
    fora os NPCs...
    e o joguinho lá que eu lembrei sem querer S2

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